sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sobre a saudade mais doída

A saudade mais doída, é aquela de quem ama, mas não digo do amor do ser amado. Digo do amor do sonhador, que sonha com o mundo que não vive e que dele tem saudade. E vem me dizer o Michaelis que saudade é a recordação nostálgica e suave de coisas ou pessoas distantes, mas vou contra todos e digo essa saudade não é a que realmente doí, pois sorte tem aquele que tem do que se recordar e por isto se tornar saudoso. E quanto aos que sentem saudade do que não se viveu?
Saudade de um toque que não sentiu, de uma palavra que não ouviu, saudade de um sonho que permance intacto num mundo alheio...É a saudade de amar um alguém por quem não se é amado.
Dois corações separados pela distância física, não são brecados. Continuam a se amar enquanto esse amor quiser resistir, mas corações que não vão se encontrar só terminam com um despedaçado.

Em um coração silencioso,
todo sentimento guardado.
O sorriso falsamente intenso,
esconde a dor de estar quebrado.

Braços envoltos a um corpo,
seguram as partes,
de um alguém despedaçado.

Mas, enfim, tanto faz:
palavras não fazem sentir a dor
de amar sem ser amado.

pra ouvir: My sweet song - Toby Lightman

Um comentário:

Cassandra disse...

A saudade de alguém que se ama que está longe doí sim! E muito!
Talvez não doa tanto quanto a de algo não vivido com alguém, mas, para mim, isso tem mais a ver com arrependimento do que com saudade.
Bom, não vou questionar a intensidade da saudade dos outros, mas vou concluir que esse é um dos sentimentos mais dolorosos.

¨¨Beijão¨¨

P.S.: Lindo poema! E eu adorei a música, é muito bonita!