quarta-feira, 29 de outubro de 2008

'Pra mim é tudo ou nunca mais.'

Talvez exagerado como você ousa me chamar, talvez apenas apaixonado! Sim. Apaixonado por ti, pela vida, por palavras, por momentos.. Aceite-me assim e entenda meus defeitos, quando digo que morreria sem isso ou aquilo é porque vivo com a certeza de que tudo a minha volta faz parte de mim. E só sou o que te fascina por ser assim, mas porque ao primeiro sinal de falha resolve desistir e esquecer.
Partir? Não, não poderia!Fico, e o faço por mim e por você. Será que não entende que talvez os meus defeitos sejam a melhor parte de mim, o que me torna único? Entenda e perdoe, me ouça suas imperfeições me fazem um louco por ti exageradamente louco e não mudaria o que sou por nada nesse mundo..
Mas como ousa me chamar de exagerado?Eu que sem cuidado nenhum, me entreguei e revelei todas as partes de mim pra você! Não percebe que todas minhas ações só visam te manter aqui, sempre próximo, sempre meu?
Sem minhas contradições eu nada seria, sem você eu nada seria! Fique, que te amo assim e só peço que me ame também. Aceite minhas metamorfoses que aceito para sempre essa sua estática.

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
Eu faço versos como quem morre.
Qualquer forma de amor vale a pena!
Qualquer forma de amor vale amar!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ele havia amanhecido diferente, não sabia bem o porque, mas aquelas palavras ainda ecoavam em sua mente, como se ela houvesse as acabado de pronunciar. Era o que ele tentava, não dar mais tantas voltas, apenas não entendia ainda o desejo dela de que ele fizesse isto. Ele havia decidido seria o voltar, havia cansado de fugir de tudo e todos, e a sua expressão ao chama-lo de covarde, como se aquilo fosse doer mais nela do que nele. Essas eram as únicas coisas na cabeça dele.

Ela já havia amadurecido e o deixado para trás, era outra, ele apenas não conseguia enxergar isso ainda, seria doloroso demais, após tanto tempo se separar de algo que você julgava ser seu é realmente difícil e ele aprendia isso da maneira mais doída. Tentar lutar contra seria pior, o melhor seria deixar pra lá. Ela estava ótima, se sentindo culpada, mas ótima. Completa da maneira que nunca chou que iria conseguir, já não se achava uma anormal, nem mesmo achava estranho seus sentimentos. E já se dera conta que em breve ele esqueceria toda essa história, seguiria em frente. O que era reconfortante!

(Em breve estariam juntos, fisicamente pelo menos...)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

De todas minhas facetas não sei bem qual escolher, sinto que ao tentar colocar todas juntas me torno algo totalmente incompreensível. Me divido em várias portanto, e caio em minha pior contradição, sou falsa ou normal?
É como se tornassem cada vez mais frequentes a mistura de tantas personas e por isso me tornei um alguém confuso, parece que todos se afastam pra não entender minhas contradições, mas não quero fazer sentido, isso não me basta quero mais..
Apenas quero mais, quero dentro de mim todas as formas desse mundo e quero que elas vivam em harmonia!Quero o diferente e apenas o diferente..

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

'Oh maldita geração!'

Em mais uma de minhas crises existenciais me peguei pensando nessa nossa geração, oh maldita geração!Que não tem sonhos, nem ideais, não tem líderes, não tem heróis e não tem objetivos.. Alguns diriam que somos nós filhos da revolução, outros diriam que somos filhos da geração coca-cola, não sei ao certo e acho díficil de definir, talvez um meio termo!

O grande problema não é o fato de que minha geração não seja idealista como a de meus avós, ou que não seja inteligente como a de meus pais, o problema é que estamos felizes com essa situação. Sinto que passamos pela vida e não fazemos nada por ela, não temos responsabilidades, problemas, não temos nada. E isso não parece incomodar ninguém, nossa alienação e nossa falta de vontade de sair dela!
Não é possível que nosso ícone seja uma cantora careca e maluca, nem que nosso filme preferida seja sobre patricinhas malvadas, me parece tão pouco.
É triste saber que só temos uma chance de fazer história no ano de 2008 e que ela está escorrendo por nossos dedos sem nem termos tempo para perceber!

Este texto tem que ser feito em 3ª pessoa do plural porque seria muito fácil falar sobre isso como se não fizesse parte, mas isso sou eu, todos meus amigos e os adolescentes que não conheço.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

'Quem sabe faz a hora, não espera...'

Hoje meu professor passou um vídeo sobre Ditadura Militar, um tema que interessa a grande maioria, e comigo não é diferente. Ao chegar em casa pra minha surpresa minha mãe assistia um vídeo de seus alunos sobre a ditadura e a música que tinha sido escolhida como tema do trabalho era Pra não dizer que não falei das flores, acho q todos conhecem e gostam dessa música, uma coisa que me tocou muito era que eles tinham dado uma nova roupagem pra música e a cantavam numa versão acústica. Essa música sempre me deixou arrepiada, desde a 1ª vez que a ouvi há uns 3 anos atrás, mas ouvir adolescentes mais novos que eu cantando lindamente ela me deixou mais emocionada ainda...

Sempre achei estranho o poder que ela tinha de me tocar, sempre senti que o autor falava comigo, como se estivessemos frente a frente. Dessa vez não senti isso, talvez pela distância que estou de mim mesma, talvez por isso não tenha podido sentir o autor falando comigo, mas o que senti foi uma separação tão intensa dessa música, que me obrigou a pensar nas coisas que nunca havia pensado...

Esse foi possivelmente o melhor trabalho de Geraldo Vandré, acho que nunca uma música tocou tantas almas, se consegue me tocar tão profundamente tantos anos depois, eu imagino como foi para as pessoas que viveram de fato essa luta, aqueles que morreram por seus ideais...Me fez pensar quão bonito é isso, ter um ideal e lutar por ele até o fim! E me pareceu bonito demais, o suficiente pra me fazer pensar que não é possível que tenha acabado ali, no momento em que a vida teve um fim. É pouco demais, precisa ter algo além, não é possível entende?Alguém que dá a vida por uma causa sem saber o que vem depois, sem saber se vem algo depois...

Acreditei em Deus hoje, mas do que nunca...