quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A&M

Sobre Andréa nada se podia dizer, não sem se lembrar de Matheus. A vida era assim agora, e eles gostavam dela por rir. Mas também houve um tempo, em que antes de sonhos incoerentes, ela esperava por quem carregasse suas coisas mais pesadas depois de um dia cansada e por quem a perguntasse sobre o dia como quem quisesse saber. Ele já tão mais simples, mas igual em profundidade, lembrava dos Eu te amos ditos, sem sentido, sem paixão e tentava se recusar a dar todo seu amor a sua querida.
Ambos um dia disseram 'É que o amor nunca será o bastante', agora se olhavam e desejavam que o eterno existia. Alguma vezes pensaram a ir em uma Igreja, pra quem sabe pedir a Deus que a eternidade pudesse ser pros dois. Desistiram, optaram por tentar uma eternidade um pouco menor.

E quando ele não estava, Andréa se lembrava do tempo ue havia ouvido não. Não com carinho, mas com o orgulho de quem já não precisa mais. Quem iria dizer que a estranha de olhos grandes um dia encontraria seu alguém. Mas quando vinham esses pensamentos, logo Matheus povoava seus sonhos, sempre os mais doces, e os levava a perfeição. Porque ele sabia, ainda que num sonho, que não o pertencia, era ela quem mais o amava.
Perceberam no sorriso do passar dos dias, que já haviam decidido. Tiveram o momento da escolha e quiseram a paixão, sem dor. Encontrada no coração de outro incompreendido.
Eles sabiam, todos os dias, que na entrelinhas do tempo que ficaria para sempre um teria o outro quando quisesse. No conforto da felicidade, se amaram. E se amaram, é que se houvesse um espaço maior que o de uma vida eles passariam juntos, então pra que se preocupar?

Um comentário:

Cassandra disse...

bonito, porém, complicado.