domingo, 12 de abril de 2009

Todo sonho tem seu fim.

O som da música não conseguiu abafar os gritos desesperados em seu peito, lembrando que nada seria superado. O tempo parecia não passar pra menina apaixonada, re-apaixonada. Coitada, tanto tempo enganando a si mesma, tentando provar pro mundo a certeza que nem ela tinha..E lá vinham eles de novo, gritos ensurdecedores trazendo de volta a dor latejante em seu peito, numa tentativa de fuga foi possível ver uma pequena criança correndo pelo salão, á procura de paz.
Quando se sentou no banheiro, a expressão de dor, olhando para os próprios pés tentou se decidir!O que fazer pra sarar a dor?O que fazer pra ser feliz?
Ninguém entendeu quando a porta do banheiro se abriu e a menina mulher saiu, mostrando no andar quem mandavar, apesar dos olhos ainda não terem se recuperado. Se jogou para a música e a ouviu o mais alto que pôde, fingiu que não ouvia as vozes dentro de si e se divertiu!
Ou fingiu...

Os poucos que observaram a pequena durante a noite não entenderam ao certo o que havia acontecido, nem como ela podia. Chegará feliz, ficou triste, parou e respirou: ESTAVA feliz. E quem iria perguntar, quem iria entender?Ninguém iria tentar...
Passou mais uma das infindáveis noites, quem a tinha observado na noite anterior já não estava. Eu estava, sempre estou, acompanho essa pele preta há muitos anos. Sinceramente não entendo o que move minha criação, o que a põe pra cima e abaixo, no dia seguinte revelo apenas que em seu diário ela escreveu: 'Faço por ele, me destruo e reconstruo. Ainda não posso cuidar só de mim, mas todo sonho tem seu fim.'
Tentemos entender!

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