E passara a vida tentando entender quando é que a felicidade vinha. Talvez nas realizações profissionais, ou num casamento e até, quem sabe, no primeiro filho. Talvez quando todas as partes da vida estivessem em ordem, aí sim seria a felicidade.Não sabe, não sabia...
Mas naquela noite, antes mesmo dos 18, deitada na beira da piscina, pode ouvir os amigos rindo, bebendo e fumando, como os adultos que se sentiam. Viu a mãe conversando com sua irmã, e sendo a mesma de sempre, viu também as amigas de infância cantandi ums ertanejo qualquer, com a divertida falta de afinação . Juntaram-se todos na cantoria e agora as cervejas faziam efeito, mas que beleza...
Pra que se limitar?
Sentou cantando e olhou pro céu, ele estava lindo e negro, sem Lua e com poucas estrelas, mas foi voltando os olhos pros amigos e a sentiu, pra ser sincera a viu...Era ela, tinha chegado mansamente, já estava lá por muito tempo. A felicidade não viria, não ficou triste, sorriu, gargalhou...E se deliciou na sensação recém descoberta.
E pensar que talvez tivesse passado a vida na espera...
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